A Araucaria angustifolia,
encontrada no Hemisfério Sul, ganha mais uma utilidade além daquelas que já
conhecemos, como na ornamentação, no paisagismo ou simplesmente pelo sabor de
seus pinhões. A atividade biológica desta árvore é alvo de estudo no
Laboratório de Estresse Oxidativo e Antioxidantes, que integra o Instituto de
Biotecnologia. Popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro, a Araucaria
angustifolia apresenta
pinhas constituídas por pinhões e brácteas (que são as falhas, ou seja, pinhões
que não se desenvolveram). Enquanto os pinhões são utilizados para consumo, as
brácteas são descartadas como resíduos.
Em estudos realizados pelo
grupo de pesquisa, coordenado pela professora Dra. Mirian Salvador da
Universidade de Caxias do Sul, foi demonstrado que o extrato proveniente das
brácteas de Araucaria
angustifolia possui
quantidades significativas de polifenóis, compostos fenólicos capazes de
modular, diferentemente, o metabolismo de células tumorais e não
tumorais. O aumento da incidência de neoplasias em nível mundial expõe
a necessidade contínua do desenvolvimento de novos fármacos para a
terapêutica do câncer.
Estudantes
do doutorado do Programa
de Pós-Graduação em Biotecnologia e
bolsistas de iniciação científica fazem parte da equipe coordenada pela
professora Mirian Salvador. Uma parte do trabalho foi realizada no Canadá, em
parceria com os pesquisadores Gustavo Scola (mestre e doutor em Biotecnologia
pela UCS), Ana Cristina Andreazza (graduada pela UCS) e Cátia dos Santos Branco
(doutoranda em Biotecnologia).
Foto: Cláudia Velho/UCS
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