O uso
intensivo de fertilizantes químicos, a destruição e degradação de áreas
florestais e o agravamento das mudanças climáticas são as causas do declínio
das populações de insetos polinizadores, como abelhas, moscas e borboletas, ao
redor do mundo. A conclusão é de um amplo estudo de revisão feito por um grupo
internacional de pesquisadores.
No estudo, há
ainda indicação de políticas e intervenções que poderiam ajudar a reverter esse
cenário. As abelhas e outros insetos polinizadores são conhecidos por
proporcionar uma variedade de benefícios econômicos e ambientais, entre os
quais a polinização de plantas e a produção de alimentos são os mais notáveis.
No Brasil, as abelhas respondem em média por até 24% do ganho em produtividade
agrícola em pequenas propriedades rurais.
Também se estima que a exportação global de
mel tenha movimentado US$ 1,5 bilhão em 2007. Em 2016, os benefícios obtidos
graças à polinização no mundo, os chamados serviços ecossistêmicos, foram
calculados em aproximadamente US$ 577 bilhões. No estudo, os pesquisadores verificaram que as cerca de 20 mil espécies de
abelhas conhecidas polinizam mais de 90% das 107 principais culturas do mundo.
Não por acaso, 75% da alimentação humana depende direta ou indiretamente da
ação de animais polinizadores. O declínio de algumas espécies de abelhas está
associado ao processo de industrialização, sobretudo na Europa e na América do
Norte, segundo os cientistas.
Os problemas causados pela perda de polinizadores não se restringem à
produção agrícola. Segundo eles, há também impactos negativos na reprodução de
plantas silvestres, uma vez que mais de 90% das espécies de plantas tropicais
com flores e cerca de 78% das espécies de zonas temperadas dependem, pelo menos
em parte, da polinização desses insetos.
Fonte: www.e-cycle.com.br
Foto: Divulgação